
O conceito de ESG, que se refere a critérios ambientais, sociais e de governança, começou a ganhar destaque no início dos anos 2000, embora suas raízes possam ser rastreadas até décadas anteriores. A crescente conscientização sobre questões ambientais, sociais e éticas, levou investidores e empresas a reconsiderar a forma como avaliavam o desempenho e o impacto de seus investimentos.
Nos anos 70 e 80, movimentos sociais e ambientais começaram a pressionar as empresas a adotarem práticas mais responsáveis. A crise do petróleo, por exemplo, trouxe à tona a necessidade de uma gestão mais sustentável dos recursos naturais. Durante esse período, surgiram os primeiros fundos de investimento socialmente responsáveis, que excluíam empresas
envolvidas em atividades consideradas prejudiciais, como tabaco e armamentos.
No entanto, foi em 2004 que o termo “ESG” começou a ser formalmente utilizado, quando o então Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, convidou líderes do setor financeiro a integrar questões ambientais e sociais em suas análises de investimento. Esse convite resultou na criação dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), que incentivaram investidores a considerar fatores ESG em suas decisões.
Desde então, o ESG evoluiu para se tornar um padrão de referência no mundo dos negócios e investimentos. As empresas começaram a perceber que adotar práticas sustentáveis e responsáveis não apenas beneficiava a sociedade e o meio ambiente, mas também melhorava sua reputação, atraía investidores e, em última análise, impulsionava o desempenho financeiro.
Hoje, o ESG é uma parte fundamental da estratégia de muitas empresas, com relatórios de sustentabilidade se tornando comuns e investidores exigindo maior transparência sobre como as empresas estão gerenciando seus impactos sociais e ambientais. O movimento ESG continua a crescer, refletindo uma mudança significativa na forma como pensamos sobre o papel das empresas na sociedade.